Depois de meio século, o clã Sarney perdeu o poder no
Maranhão. A partir de 1º de janeiro, o Estado nordestino, que apresenta
alguns dos piores índices sociais e econômicos do Brasil, passa a ser
comandado por Flávio Dino, de 46 anos, eleito no primeiro turno com
63,52% dos votos.
"Se for a fundo no caso da Petrobras, se chegará a financiamento de campanha. Minha impressão é que o escândalo da Petrobras transcende o universo dos três partidods [PT, PP e PMDB]", diz o governador eleito, que foi juiz e professor universitário.
Flávio Dino sabe que enfrentará dificuldades no comando do Maranhão agora que a família Sarney e seus aliados passarão a fazer oposição. Ainda assim, o ex-juiz garante que haverá mudanças profundas: "É claro que pequenos segmentos que têm privilégios indevidos, que usufruem de favores e de contratos superfaturados, estão insatisfeitos e ficarão ainda mais".
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