18/11/2014

Corrupção na Petrobras pagou campanhas, diz governador eleito do Maranhão

Depois de meio século, o clã Sarney perdeu o poder no Maranhão. A partir de 1º de janeiro, o Estado nordestino, que apresenta alguns dos piores índices sociais e econômicos do Brasil, passa a ser comandado por Flávio Dino, de 46 anos, eleito no primeiro turno com 63,52% dos votos.

Entrevistado por Tales Faria (publisher do iG), Rodrigo de Almeida (diretor de jornalismo), Paula Pacheco (editora executiva de Último Segundo e Economia) e Wanderlei Preite Sobrinho (repórter especial), Flávio Dino analisa a situação dos partidos políticos depois do avanço das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que envolvem denúncias de corrupção e caixa dois na maior empresa do País, a Petrobras. Algumas centenas de milhões de reais podem ter sido desviados dos cofres da petroleira para financiar campanhas políticas de três partidos: PT, PP e PMDB, conforme mostram as investigações até o momento.


"Se for a fundo no caso da Petrobras, se chegará a financiamento de campanha. Minha impressão é que o escândalo da Petrobras transcende o universo dos três partidods [PT, PP e PMDB]", diz o governador eleito, que foi juiz e professor universitário.

Flávio Dino sabe que enfrentará dificuldades no comando do Maranhão agora que a família Sarney e seus aliados passarão a fazer oposição. Ainda assim, o ex-juiz garante que haverá mudanças profundas: "É claro que pequenos segmentos que têm privilégios indevidos, que usufruem de favores e de contratos superfaturados, estão insatisfeitos e ficarão ainda mais".

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